PEDRO AMÉRICO
Pedro Américo: Tiradentes esquartejado
Obra de 1893, foi pintada a oleo sobre uma
tela de 270cm x 165cm, encontrando-se
conservada no Museu Mariano Procopio em Juiz de Fora MG . Ao optar pelo tema do
corpo maculado pela violenta, o artista foi ousado e inovador, fugindo dos
convencionalismos da beleza idealizada, da centralização da figura do
"herói" próprios da pintura histórica tradicional, denunciando a
ditadura e a violência do sistema colonial.
Toda a pintura é composta por cores na
forma de "tons", essa ausência de cores vivas acentua a palidez
cadavérica. As "linhas imaginarias inclinadas", dão sugestão de
movimento ao corpo inerte. E muitos viram nesse conjunto a "forma",
as "linhas" do mapa do Brasil.
VIK MUNIZ
Vik Muniz: Retrato de Irma (Leide Laurentina da Silva)
Obra que faz parte de uma serie produzida
entre 2007 e 2009, foi inicialmente confeccionada com materiais recicláveis e depois
fotografada e emoldurada . Teve como participação especial uma equipe de
catadores profissionais de recicláveis recrutados pelo próprio artista para
trabalharem no projeto artístico cujo o lucro das vendas em leiloes seria
revertido em beneficio da comunidade local. Os trabalhadores tiravam seu
sustento num dos maiores aterros controlados do mundo, localizado no Jardim
Gramacho, bairro periférico de Duque de Caxias, Rio de Janeiro.
O trabalho também deu origem a um
documentário anglo-brasileiro, lançado em 2010.
O conjunto da obra, compreendido pelos
retratos, pelo documentário, denunciam
uma forma de violência, de tortura promovida indiretamente pelo próprio
governo. E perpetuada ate pela própria
sociedade civil brasileira "moderna" que assiste omissa a desigualdade
social e econômica de milhares de compatriotas excluídos do minimo de condições
e dignidade humana. `E como se o pais ainda estivesse "estacionado"
nos moldes do período colonial, só que agora num modelo mais "light"
: reconheceu e aprovou o fim da escravidão mas apenas no "papel" e na
teoria.
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